Motocicleta absolutamente original, sem nenhuma restauração, ou repintura, tudo dela, nada trocado, perfeita, com 12.800 milhas originais, ou seja, pouco mais de 20.000 kms rodados, revisada de cabo a rabo, tudo funcionando perfeitamente, placa preta de colecionador, importada da Califórnia em 2008, moto muito rara no Brasil……
A história da CB550 K Four:
A Honda CB500 Four (teste de agosto de 2002), foi fabricada no período compreendido entre 1971 e 1973, quando foi substituída pela versão CB550K sendo que, este último modelo, não chegou a ser importado oficialmente no Brasil. No lugar da versão “K”, tivemos, em 1975, a CB550F Super-Sport, que foi, também, bem-recebida pelo nosso mercado. Isso até 1976, quando, foram proibidas as importações…Porém, no exterior a CB550, tanto a “F” como a “K”, continuaram a ser produzidas normalmente. O modelo que testamos nessa matéria, é a versão “K”, ano/modelo 1977, pertencente ao meu sócio e amigo Ricardo Pupo. O meu relacionamento anterior com essa moto foi praticamente inexistente…Apenas dirigi as CB500K e a CB550F. Mas, já foi o suficiente para traçar um parâmetro de referencia… Neste teste, foi a primeira vez que dirigi uma 550K!!! Vamos a ele! A Honda CB550K: A Honda CB550K, foi derivada da última CB500K 1973, tendo seguido a evolução de seus up-grades, conforme relacionado abaixo: 1974 – CB 550 K0 1975 – CB 550 K1 1976 – CB 550 K 76 (todas com escapamentos e tanque iguais ao da CB 500K 1973) 1977 – CB 550 K 77 1978 – CB 550 K 78 (com escapamentos e tanque iguais ao da moto testada) Em 1975 foi lançado o modelo Super Sport – 550 FK0 1976 – CB 550 F 76 1977 – CB 550 F 77 1978 – CB 550 F 78 (todos com escapamento 4×1) Mecanicamente são iguais a K, só muda a roupa. Em 1979 – up grade para 63 Hp e 650 cc O “visual” da CB 550K testada, é um “mix” da CB500K e da CB550F. O tanque é grande, e o painel idem, tal qual na 550F. Seus quatro escapamentos diferem dos da sua antecessora. São em forma cônica, como na bicilíndrica CB450 nacional. O conjunto ficou muito bonito, e o “ronco”…continua o mesmo, típico dos 4×4!!! A pintura no tanque, lembra a CB750K4, com faixas contornando o logotipo. O visual dela, de relance, às vezes confunde o observador, tendo-se a impressão de se tratar de alguma setegalo-K “pós-76”.Dirigindo a Honda CB550K: Tal qual sua antecessora, a altura do assento é bastante acessível, acomodando perfeitamente pilotos com altura em torno dos 1,70m, permitindo que este possa colocar seus pés totalmente apoiados no chão. Ela é simplesmente ótima para se pilotar. Tudo nela é macio, silencioso e bem distribuído. Aliás isso é de família…A ergonomia é excelente. Seu porte é mais “avantajado” que na 500K, lembrando mais uma CB550F. O guidão levemente alto, proporciona uma posição gostosa de se dirigir, permitindo uma boa postura do corpo. Os comandos, super macios e bem distribuídos completam a boa ergonomia da motocicleta.O painel, conta com tacômetro e velocímetro com hodômetro total e parcial e luzes de advertência. Sua visibilidade é muito boa, bem melhor do que na CB500K, em função do bom tamanho dos instrumentos. A chave de contacto, localiza-se entre os instrumentos (velocímetro e tacômetro), em uma posição confortável e segura. O sistema elétrico é alimentado por uma bateria de12V, o suficiente para administrar seu competente conjunto óptico.A partida elétrica sendo acionada, já se nota o bom balanceamento desse propulsor SOHC (comando de válvulas simples no cabeçote), que transmite quase nenhuma vibração ao piloto. A moto também dispõe de um pedal de partida (kick) auxiliar, igualmente macio. O cambio de cinco marchas, com acionamento universal (lado esquerdo, primeira para baixo, e as outras para cima com neutro entre 1a. e 2a.), é macio e com engates precisos e silenciosos. Seu escalonamento permite uma dirigibilidade satisfatória tanto em transito urbano como em rodovias. A suspensão dianteira é hidráulica, com mola interna, tipo Cerianni, e a traseira é composta por um braço oscilante e dois amortecedores hidráulicos com molas helicoidais reguláveis. O comportamento do conjunto suspensão é mais do que satisfatório, em se tratando de uma bi-choque. Muito confortável… Apesar de se tratar de um modelo de turismo, pode-se fazer curvas bem agressivas (inclinadas) no asfalto, sem a ocorrência de perda de aderência ou oscilações.Os freios, a disco simples na dianteira, e a tambor, simplex, na traseira, fornecem um comportamento seguro e eficiente durante as frenagens. A Honda CB550K, foi uma motocicleta que iria atender aos fãs da CB500K, porém a política mercadológica do importador e, posteriormente, a conjuntura nacional, na época, não o permitiu…
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